domingo, 24 de novembro de 2013

DE REPENTE 30 - GAY

Deparei-me esta semana com um texto sobre a vida aos trinta. Não dei muita importância na hora, mas fiquei pensando em tudo aquilo a todo o momento e notei que não tinha lido nada parecido sobre o lado gay dos trinta. Bom... Diante disso, me senti na obrigação de contribuir para a blogosfera e preencher esta lacuna. Este é um texto de humor, por tanto, repleto de exageros! Não se irrite e responda – O que também te faz perceber que chegou aos trinta?


Você percebe que adentrou na fase “tritrin” gay quando...
1.       A proximidade do fim de semana já não te causa tanto frisson em querer se enfurnar numa boate. Na verdade boate virou programa do – de vez em quando – e o chopinho com os amigos ou saídas para jantar se tornaram regra.

2.       Sua família, sobretudo sua mãe, percebeu que você continuou a mesma pessoa desde que assumiu sua sexualidade e a ficha FINALMENTE caiu. Nessa fase, sua mãe adora aqueles seus amiguinhos pintosas, mas que seguram um pouco a onda, pra não escandalizar o coreto.

3.       Finalmente cessaram aquelas infames perguntinhas do tipo – E AS NAMORADINHAS, COMO VÃO? Aff... Você sempre virava o olho, mas por dentro sua vontade era de dizer – TIA, OLHA BEM PRA MIM E PERGUNTA DE NOVO!

4.       Os familiares mais chegados começam a ter curiosidade sobre a sua vida. Já as primas ficam doidas pra saber dos detalhes sexuais!

5.       Os tios – antes distantes – agora fazem questão de te cumprimentar dando um abraço bem forte, e eventualmente um beijo no rosto pra mostrar que não te recriminam.

6.       Se estiver solteiro, passou a valorizar a sua individualidade, e namorar alguém nessa fase nos obriga a quebrar a rotina, deixando-nos um pouco desconfortáveis.

7.       Dá preguiça seguir os protocolos de início de namoro: Ligar todo dia; mandar mensagem todo dia; dizer que tá pensando nele todo dia, etc.

8.       Quando a paixão acontece, você não se sente com tanta vontade assim de dizer coisas pra ratificar seus sentimentos. Suas atitudes e demonstração de afeto falam por si e se o outro não tem maturidade de enxergar isso, até agradecemos e damos um belo TCHAU!
9.       Finalmente aprendemos que nunca ficaremos sozinhos quando terminamos um namoro. Sempre aparecerá alguém interessante.

10.   Aos vinte e poucos dava arrepio só de pensar em ficar com uma “cacura”. Hoje os novinhos nos perseguem.

11.   Namorar alguém de vinte dá muuuito trabalho, principalmente porque a criatura não tem dinheiro pra nada, nem pra ir tomar um sorvete, mas você acaba fazendo a linha “generosa” e a conta do motel sempre acaba caindo na sua mão, mas no fim você pensa – E daí? Ao menos ele tem uma bela disposição sexual. Ulalá!

12.   Ter tido uma vida sexual diversificada e numerosa aos vinte e poucos lhe rendeu muitas frustrações, mas também muita experiência. Dessas dezenas – centenas para as guerreiras – sobrou uma lista de cinco ou seis que você sempre liga nos momentos de carência, sobretudo carência sexual. E o sexo é 99,9% sempre bom! Afinal, dez anos se passaram e pra fazer flashback com alguém, tem que no mínimo ser ÓTEMOOO!

13.   Os términos de namoro são menos traumáticos agora. Um dia de chororô é mais do que suficiente.

14.   Provavelmente você já realizou todas as suas fantasias sexuais, menos aquela mais “hard”. ;)

15.   Finalmente parou de querer ser o psicólogo do seu namorado, pois agora você sabe que resolvendo os problemas dele, eles se transferem pra você como que por osmose.

16.   Se estiver casado, provavelmente você não sabe fazer mais nada sem incluir o outro no programa.

17.   O sexo não é mais frequente – às vezes inexistente – mas você não admitirá isso nem sob tortura!

18.   Provavelmente você já abriu a relação em algum momento. Se parou, é porque o resultado foi catastrófico! Mas se continuou, é porque finalmente arrumaram um jeito de preencher aquilo que não existe mais entre vocês.

19.   Você já pensou varias vezes em terminar tudo e finalmente realizar o seu “Farewell World Tour” ao melhor estilo Cher, mas depois de tantos anos com a mesma pessoa, uma vida foi construída e abrir mão disso é quase que recomeçar sua carreira profissional.
20.   Percebe que nunca havia cogitado a possibilidade de ter filhos.

21.   Agora você tem uma real noção da passagem do tempo e só assim percebeu que seus pais lhe conceberam quando eram mais jovens que você é hoje. Tendo uma noção real da passagem do tempo, você não deixa mais as boas oportunidades passarem.

22.   Surpreende-se ao perceber que ama seus sobrinhos como se fossem seus filhos.

23.   Acabaram as desculpas pra faltar à academia. Dessa vez, ou vai ou racha!

24.   Você realmente não se sente velho, mas todo gay com menos de 25 vai te achar uma idosa! E finalmente perceberá a bobagem que era classificar homens de meia idade de ”cacuras”.

25.   A era da internet coincidiu com sua entrada na fase adulta, por tanto, a síndrome do “Peter Pan” faz todo o sentido agora!

26.   Finalmente você largou aquele emprego de telemarketing, mas se chegou aos trinta e ainda permanece nele e não alcançou ao menos o posto de Supervisora, xiiii... Acorda meninaaaa!!!

27.   Agora você tem seu próprio salão de beleza – construído no quintal de casa tá valendo também - e pode fazer aquela ceninha clássica do lenço caído da Miss Simpatia parte 2.

28.   Sendo enfermeiro, provavelmente já está trabalhando em um “grande hospital”!

29.   Parou de responder – FUNCIONÁRIO PÚBLICO – quando perguntam sua profissão, afinal, ser pedante está tão démodé hoje em dia.

30.   Não liga mais em esconder sua sexualidade para os alunos quando os mesmos a questionam diretamente sem rodeios.

31.   Sempre é tempo de fazer aquele cruzeiro gay que todo mundo fala.

32.   Suas divas viraram um arremedo delas mesmas.

33.   Continuam fazendo carão pra você quando finalmente decide ir pra balada, mas com uma pequena diferença – AGORA VOCÊ NÃO LIGA!

34.   As músicas da pista flashback são as mesmas que você fritava aos vinte e poucos.

35.   Acabou a paciência de ficar na balada até a boate fechar.

36.   Prefere transar em casa a motel, com um detalhe – agora você está na SUA casa!

37.   Dark Room virou nota de três reais.

38.   Tem a nítida impressão que existem mais passivas do que ativas. Aliás, perguntar a alguém se ela é ativa ou passiva virou um pecado mortal.

39.   Aprendeu que transar sem pressa é bom demais!

40.   Finalmente sua melhor amiga sapatão conseguiu ficar pelo menos seis meses solteira depois de tanto você insistir.

41.   Festa na casa dos amigos agora incluem parentes deles zanzando pra lá e pra cá, incluindo pais, sobrinhos e afins. Resultado – acabou a putaria e ferveção dos velhos tempos.

42.   Começa a perceber que falar do sexo ou dos atributos de quem foi com você pra cama continua divertido, mas extremamente deselegante.

43.   Passa a falar menos da sua intimidade sexual, mas a maldita da cachaça sempre te dá uma rasteira.

44.   Descobre que infelizmente vários amigos seus abriram uma doceria e você nem tinha percebido ou pelo menos nem desconfiava.

45.   Algumas amizades literalmente se transformaram em parentes ou até mesmo família.

46. Você entende, cuida e se preocupa mais com os seus pais do que seus irmãos heteros.

domingo, 13 de maio de 2012

HIPÁTIA


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Esta semana ao ler um artigo sobre os recentes equívocos cometidos por nossos hermanos em sua economia, me deparei com uma frase que não saía da minha cabeça – um ato grave e errado pode desencadear uma reação maior e mais grave - . Isso me fez pensar que de fato as leis da física não se aplicavam aos comportamentos humanos – para toda ação, existe uma reação igual e contrária -. Pois bem... Eis que arbitrariamente escolhi o filme Alexandria (Ágora. Espanha, 2009) para assistir no fim de semana.

Confesso que o filme não chega a ser um primor da sétima arte, não chega nem perto de Mar adentro – o melhor filme de Alejandro Amenábar em minha opinião -, mas a obra me causou tamanho regozijo ao abordar uma filósofa que até então era desconhecida por mim.
Hipátia foi uma filósofa neoplatônica. Viveu em entre 355 e 415 d.C. Sua história é tão fascinante quanto o contexto histórico em que se encontrava. Assassinada em decorrência de disputas políticas e de poder em Alexandria durante a ascensão do cristianismo no império romano, Hipátia era um raio de luz apagado pela intolerância religiosa que teima em deixar de existir ainda nas sociedades contemporâneas.
Alexandria 
Pagãos, cristãos e judeus, vivendo num caldeirão de prosperidade, tornou Alexandria um dos palcos da ignorância cega exercida pelo homem. Os pagãos, agora em minoria depois da conversão do imperador Constantino ao cristianismo, não conseguem sobrepujar - ainda que os filósofos estivessem neste grupo – os grandes erros cometidos por uns poucos que enlouquecem ao beberem da fonte do poder.
Num segundo momento, judeus mantém relativa harmonia ao conviverem com cristãos, afinal, são igualmente monoteístas, mas quem mandou não reconhecerem a divindade de um certo cara barbudo? Pronto! O circo tá armado. Incomodados com a condição judia, cristãos constantemente profanam os rituais e tradições judaicas. Cansados de tanto bullying teológico, partem para o ataque, mas como sentiram e absorveram tanto tempo na pele o desrespeito, a barrinha do estresse parece ter ficado no vermelho, desencadeando um ataque mortal aos seus algozes. Uma resposta de defesa, mas ainda assim passional e violenta. Expulsos dos muros da civilização, os Judeus nunca mais experimentariam o sossego.

Como aceitar o diferente não era o estilo de vida mais apropriado na Alexandria de outrora, Hipátia era uma vírgula que teimava em ser interrogação nessa sopa religiosa. Habilidosa na retórica, e sedutoramente inteligente, a amazonas dos números era uma ameaça ao poder religioso devido a sua influencia exercida ao prefeito de Alexandria.
Torturada e morta, em nome da insanidade de alguns, me pergunto, quantas mentes brilhantes se calaram neste hiato de existência humana? Quanto não estaríamos evoluídos hoje se lá atrás tivéssemos nos focado numa frase que no fim das contas é o que realmente importa – amai-vos uns aos outros.
É... Bem que poderíamos ter outras Hipátias multiplicadas aos montes nestes períodos tenebrosos da nossa história.

Ao ponto:

sábado, 30 de julho de 2011

Pipoca DOCE


Como amante de cinema e um ávido buscador de opiniões de quem realmente entende do assunto, deixo aqui uma dica formidável pra quem quer se informar e se divertir com críticas de cinema. Isso mesmo - diversão - é a palavra chave para este videoblog criado por Maurício Saldanha, crítico de cinema.

Dinâmica do blog

Funciona assim, o cara assiste ao filme, e durante os créditos, saca seu celular e grava seu depoimento ainda no calor das emoções do término do filme. O resultado é uma declaração frenética e extremamente empolgante, seja para o bem ou para o mal, rs...

Mas acho que a cereja do bolo seja o fato que o cara analisa a maioria dos filmes do circuito comercial, em outras palavras, os filmes que a GALERA vê! Isso é bom, muito bom, pois como acompanho muitos outros críticos de cinema, percebo um desprezo e pouco destaque aos filmes do circuito comercial. Não que eles estejam errados em desprezá-los, mas muitos esquecem que cinema é também ENTRETENIMENTO. Exaltemos o sagrado, sim! Mas não vamos esquecer que deitar com o profano é muito mais divertido, não acham?




Pontos positivos: Muita gente sente falta e até reclama que o Maurício não atribui nota aos filmes. Também sinto falta, mas acho legal porque ao evitar de colocar uma nota, nos obriga a raciocinar sobre o filme, e isso é bastante estimulante.

Pontos negativos: Algumas de suas críticas conseguem se libertar da razão e acabam sendo beneficiadas pelas preferências pessoais, ou seja, seus ídolos, mesmo que escorreguem, sempre acabam tendo algum tipo de desculpa por terem feito burrada. No máximo, recebem uma alfinetada de leve, quando na verdade deveriam era receber uma facada dilacerante! Pronto, falei!

Média Final: Bonequinho aplaudindo de pé o Maurício Saldanha.

Chantilly:

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um BIG MAC, por favor!


Os vegetarianos e naturebas que me perdoem, mas os finados senhores Dick e Mac McDonald mereciam um troféu!
Sabe aquela sensação que a gente tem quando finalmente se liberta de um preconceito? Pois é, foi assim que me senti hoje, e sem demagogia nenhuma, assumo, EU AMO O McDonald's! Pronto, falei!
Convido você, leitor, a fazer o mesmo, e colocar na balança alguns argumentos e ver se você realmente tem alguma coisa contra a esta cadeia fast food.

Depois de um dia cansativo, horas na parte da manhã num consultório médico, e pela tarde, horas dentro de um banco, fiquei faminto e muito cansado por passar tanto tempo de pé. Depois de tudo resolvido, pra não esperar mais tempo até minha carona chegar, resolvi ir até o shopping almoçar. Andei... Andei... Procurei... Analisei... Mas não adiantou, a cada movimento, meu olhar não conseguia se desviar daquela letrinha amarelo-mostarda. Não saía do meu campo de visão. Não resisti, fui correndo pedir logo - Uma oferta número 1 Big Mac, por favor! Hum... Que maravailha! Pão super macio, batatinhas douradas e sequinhas, refri suuuper gelado! E uma carne suculenta, com um tempero inconfundível! Não há como resistir!

Quatro meses de repouso forçado me fizeram ter uma visão diferenciada pra muita coisa, inclusive sobre os maus hábitos. Desde pequeno ouço sempre a mesma história - comida de fast food não presta, é tudo muito caro, a carne é feita de minhoca, a batata é aditivada, por isso não apodrece, o refrigerante tem muito gás, isso sem falar das calorias! Blá, blá, blá! Do Oiapoque ao Chuí o discurso não muda! Por que será que os americanos ou qualquer habitante do primeiro mundo não tem esse papo? Se você pensou que isso é coisa do imperialismo americano e da dominação de países ricos, desculpe, mas a coisa não é bem assim.

Até onde eu sei, nenhuma empresa multinacional de fast food oriunda de países desenvolvidos foi criada por parlamentares, monarcas ou presidentes, na verdade estas empresas foram usadas como ícones por seus respectivos governos. Imagine a cena, os fundadores do McDonald's, os irmãos Dick e Mac McDonald ao abrirem sua barraquinha de cachorro-quente na Califórnia tem o seguinte diálogo:

- Hey brother Dick! Vamous abruir uma barruaquinha de sandwich e dominar toudow o tchercheiro mundow!

- Oh Mac! Yes! Vamous moustrar para estches subdesenvolvidows quem é que manda no planet!

Nossa capacidade de discernimento é mais evoluída, vamos combinar! Mas por que será que a gente até hoje engole essa piada? Bom, os motivos são variados, mas a maior parte deles não nasceu dos livros de história e geografia, tão pouco em redutos políticos socialistas. O nosso preconceito tem duas origens: POBREZA e SOBERBA.

Se um pobre vira pra você e fala - não gosto de comer no McDonald's - é mentira! Não gosta, leia-se NÃO POSSO COMPRAR, afinal de contas, quem é que trocaria uma refeição completinha no fantástico mundo da letrinha M por um ovo frito num pão dormido?

- Ahhh Cicinho... Muita gente tem dinheiro e também não gosta de comer lá! - outra cascata! Quem pode comprar, também diz que não gosta, mas a verdade não é por não gostar do sabor da comida oferecida, quem tem grana fala isso por questões estéticas e em alguns casos por saber que não é saudável! - essa é uma corrente que tomou força no final dos anos noventa, ou seja, no final das contas, é soberba pura!

A comida não é nutritiva? Não vou viver pra sempre!
O lanche é caro? Me mato de trabalhar pra que?
A carne é feita de minhoca? Opa! Vou criar no meu jardim!
A batata tem conservantes fortes? Renew também conserva e ninguém reclama!
O refrigerante tem muito gás? E daí? É só entupir o copo de gelo!
Muita caloria por porção? É só pedir Coca Zero, e tchau consciência pesada!

 SOBREMESA:

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Chuchu, o nome é Orkut ou Rede Social?


Recentemente me dei conta de uma coisa... Na TV, nos jornais e nas revistas, todas as vezes que uma matéria relata alguma doideira que tenha ocorrido no orkut, a mídia sempre se refere como "rede social", raramente se ouve por exemplo: "menina foge de casa com homem que conheceu no Orkut". O mais comum é: "menina foge de casa com homem que conheceu em uma rede social" - hãm? Aos meus ouvidos, rede social soa como uma reunião  daquelas pessoas que aparecem em coluna social do jornal de domingo. Um termo tosco, no mínimo!


Até aí, tudo bem, mas quando as mesmas notícias se referem a sites como Facebook ou até mesmo o onipresente Twitter, a notícia é veiculada certinha, com algumas exceções para o Facebook, tenho que admitir. Minha pergunta é, por que? Lembram do caso "cala a boca galvao"? Pois é, por que será que ninguém noticiou que a confusão foi gerada em um "microblog", por exemplo?

Segundo dados da revista Info, o Orkut só emplacou mesmo no Brasil,  com 39,9 milhões de usuários ativos, isso confere ao país o título de maior número de usuários no mundo, em segundo lugar vem a Índia, com 19,9 milhões. O Facebook vem ganhando espaço no mundo todo, com uma rede que já conta com cerca de 500 milhões de usuários. No Brasil seu crescimento vem alcançando um índice de 200% apesar de ter apenas 6 milhões de usuários em terras tupiniquins.

Se o Orkut permanece ainda como líder, por que raios é tão difícil ouvir seu nome na imprensa? Investiguei um pouco e sinceramente admito que não logrei êxito, ou melhor, não consegui evidências maiores além do já deflagrado jogo de interesses comerciais - afinal, a sede do Orkut encontra-se no Brasil desde meados de 2008 devido a sua liderança. Apesar da frustração, a minha investigação me fez confirmar uma coisa, a TV continua sendo o maior veículo de promoção e informação. Sua importância não diminuirá a curto prazo, como é divulgado vastamente.

A internet mudou alguns dos nossos hábitos televisivos sim, sobretudo com as séries, jogos e filmes. Mas jornalismo mesmo, formação de opinião, tá looonge de perder espaço. Basta perceber que quando um assunto pipoca na internet, parece que ele só se consagra quando ganha um espaço no noticiário televisivo. Isso se chama capilaridade minha gente! Quando um assunto da internet surge na televisão, a impressão que dá, é que algo virtual se materializou, ganhou vida! A TV só perderá seu trono quando a internet fizer parte da vida da MAIORIA da população mundial e ponto!

Por quanto tempo o Orkut ainda resistirá? Ainda não sei. Arrisco um palpite, vai demorar um pouco, seus usuários se tornaram um tanto tradicionalistas, basta observar que a plataforma do novo Orkut não vingou, a maioria usa mesmo é a versão Beta! Daí, acho que já dá pra ter uma noção... Bobagens à parte, continuarei com meu bom e velho Orkut - fui um dos primeiros milhares de usuários no Brasil em 2004, tá?

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

LOLIPOP E CRIANÇAS PRODÍGIAS



Tá estranhando a garotinha da foto acima? Reconhece? Não? Qualquer semelhança com a carioca CLARA TIEZZI, a Mabi da novela Ti-ti-ti, não é mera coincidência! Trata-se na verdade da americana TAVI GEVINSON, hoje com 14 anos, é considerada a mais jovem ditadorazinha da moda, com cadeira cativa na primeira fila de desfiles internacionais. Aos 11 anos criou um blog sobre moda e foi “descoberta” quando apareceu numa edição do New York Times.
Se ao saber disso, você pensa – Ai, que fofo! – perdão, mas não acho graça. Pra mim ela não passa de uma versão freak de Miranda Priestly, e pior ainda, sem talento algum (seus pais alegam que nem sabiam que ela tinha um blog sobre moda), ahãm... Sei... Duvido muito! Quem é professor sabe muito bem do que estou falando. O estilo geek chic (antenadinhos que fingem não ligar para o próprio visual) não me convence. Esse povo escolhe cirurgicamente cada peça de roupa e acessório que vai vestir, enfim... Isso é assunto para outro post.
Ao ver Gevinson e saber que o estilo do personagem Mabi foi inspirado na pimpolha, contabilizei mais uma anomalia dos nossos tempos que costumo sempre combater – a proliferação de mini adultos. Há três anos criei uma comunidade no Orkut intitulada – Eu odeio Pedro Malta – na ocasião era o astro mirim mais artificial do momento, ridícula sua performance. Resultado... Recebi ameaças sérias por parte de um tio nervosinho do garoto.
Culpam a nova era da informação por estas distorções. Mentira! Isso é uma conquista da humanidade. Em momento algum na história tivemos tanto acesso a informação. Nossas crianças não precisam de censura, mas de orientação pra tudo o que lhes é mostrado, e nesta prova, seus pais ficaram reprovados. Criança tem que ver o mundo com olhos de CRIANÇA.
Não sabendo lidar com isso, muita gente vê essas aberrações como coisinhas so lovely. Hoje estamos repletos de exemplos, cada vez em maior número. A seguir, uma listinha de criaturinhas:













CLARA TIEZZI – Fazendo seu primeiro papel de maior visibilidade no remake Ti-ti-ti. Atuação pífia. Ao lhe entregarem a sinopse, esqueceram de colocar um desenho explicativo informando que o personagem se tratava de uma criança perspicaz e não de uma MULHER pra lá de metida.











DAKOTA FANNING – Muitos a consideram um talento incontestável. Não se iluda! Ela só teve a sorte de atuar com atores de peso, o que acaba desviando nosso olhar, se você passar o pente fino verá que sozinha ela não segura o rojão. Mas atenção! Não duvido nada, que alcançada a tão sonhada maioridade, se tornará uma excelente atriz. Basta espiar seu trabalho em “Vida Secreta das Abelhas”.












 MAÍSA – Boneco de ventríloquo.



NICOLE – Fez um escândalo no programa Raul Gil ao ouvir a palavra Corinthians. Temperamental toda vida! Nunca deve ter ouvido um NÃO desde que nasceu. Prendam estes pais, por favor!













PEDRO MALTA – Sem comentários, não to afim de levar um tiro. Rs....

Sobremesa:

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

A CEREJA DO BOLO ESTRAGOU (só um pouquinho)



Mais um dia de repouso forçado, café da manhã regado a programação TVZ (multishow).Tentei fugir do assunto, mas infelizmente não deu. Por se tratar do meu primeiro post, a gente sempre pensa em algo ultra, mega, power, mas como sempre isso nunca acontece, tive que baixar um pouco a bola e voltar ao propósito deste blog, que é falar da primeira coisa que fervilha minha cabeça no momento, e a bola da vez no caso é: Lady Gaga (uhu!)

Antes de a música tocar no video top TVZ, a imagem soberba de Gaga já mostra a que veio. O clipe em questão é "Telephone", com participação de Beyoncé. Assisti com atenção a todos os detalhes, e pude constatar o que eu já sentia desde a primeira vez que vi Gaga na TV, muito antes de se ouvir falar dela, que convenhamos, faz muita diferença. De qualquer forma, “Telephone” me trouxe as lembranças que tive há três anos. É esta experiência que quero partilhar neste momento, a primeira impressão que tive, o que vislumbrei a respeito de sua carreira, e principalmente o verdadeiro motivo que me fez NÃO ser um fã inveterado, mas apenas um admirador do repertório, só!

Miss Universo 2008 (sim, adoro ver tosqueira brega, é melhor que muito filme de comédia), aquele desfile não seria marcado por mais uma derrota  da concorrente brasileira como aconteceu um ano antes com a bela Natália Guimarães para a insossa Riyo Mori, mas pela atração musical em ascensão nos States, Lady Gaga. Ao ser anunciada, câmera em close, e pimba! Susto total! Que coragem - pensei - uma mulher baixinha, com roupa preta de vinil e um blazer amarelo táxi, destaque para um cinto que parecia um corpete de correntinhas. Há! Já ia me esquecendo do indefectível desenho de raio no rosto, no melhor estilo Pablo de ser.
É claro que a imagem, mesmo cheia de referências bregas dos anos 80, conseguia contrastar com aquele evento já demasiado brega, é overdose demais gente! - pensei. Para minha felicidade, tudo veio abaixo depois que a doida soltou o gogó! A batida, a coreografia, o estilo, tudo muito diferente e revolucionário! Fiquei em êxtase. Bravo! - vociferei - E imediatamente fiquei me perguntando como que eu nunca tinha ouvido falar dela? Numa rápida pesquisa na ocasião, percebi que ela ainda era uma desconhecida para o mundo e uma estrela iniciante nos States, tanto é que nem consegui encontrar todas suas músicas pra download na rede, e olha que o CD já havia sido lançado. As poucas músicas encontradas me fizeram muito feliz ao som do meu carro, e sempre ouvia o mesmo comentário:

- Quem tá cantando essa música estranha, hem?
- Lady Gaga.
- Leite o que?
- Aff! Esquece!!!
Quase me tornei fã número um! Logo aquela lua-de-mel se esgotaria. Gaga, inevitavelmente se tornou um fenômeno! Qualquer um já dizia - Uhu! Lady Gaga! - ao ouvir os primeiros acordes. Como um legítimo ariano, enjoei, sobretudo quando algo deixa de ser exclusivo pra mim ( ou para um grupo restrito de pessoas ). Sua fama se tornou tão onipresente, que passei a desacreditar no seu verdadeiro talento, e me questionei, seria Lady Gaga mais um produto comercial? Depois de me convencer que Gaga era uma farsa ou algo criado pela grande mídia (obviamente eu tinha que inventar alguma coisa, né?), uma entrevista de Zeca Camargo me fez voltar a fazer as pazes. Zeca declarou que, ao entrevistá-la, viu que aquilo não se tratava de uma imagem construída, mas uma artista pronta a atender aos anseios de seus fãs, única e exclusivamente para eles. Gaga, criou um personagem pensando nos fãs e para os fãs, e não para o seu próprio ego. Ao contrário de muitos outros artistas que ele já no primeiro olhar percebia quem era "fake". Quando ele disse isso lembrei imediatamente de Gwen Stefani, que perdeu uma ótima oportunidade de permanecer no "No Doubt", mas inventou de se aventurar em carreira solo, buscou tantos personagens esdrúxulos para ter uma identidade, que acabou se perdendo. Lembro de uma entrevista que ela concedeu ao fantástico, acompanhada de um séquito de mulheres japas que mais pareciam umas assombrações! Hoje, alguém ouve falar dela? Eu não...

Continuo não sendo fã de carteirinha de miss Gaga, mesmo porque me incomodam profundamente artistas que agradam a gregos e troianos, ouso dizer até que ela se perderá no meio do caminho, mas em casos como este, sempre descolo a obra do artista, só por isso ainda prestigio seu trabalho.

Para os curiosos, aqui vai uma fatia da primeira sobremesa do blog: a apresentação de Gaga no Miss Universo: