sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Um BIG MAC, por favor!


Os vegetarianos e naturebas que me perdoem, mas os finados senhores Dick e Mac McDonald mereciam um troféu!
Sabe aquela sensação que a gente tem quando finalmente se liberta de um preconceito? Pois é, foi assim que me senti hoje, e sem demagogia nenhuma, assumo, EU AMO O McDonald's! Pronto, falei!
Convido você, leitor, a fazer o mesmo, e colocar na balança alguns argumentos e ver se você realmente tem alguma coisa contra a esta cadeia fast food.

Depois de um dia cansativo, horas na parte da manhã num consultório médico, e pela tarde, horas dentro de um banco, fiquei faminto e muito cansado por passar tanto tempo de pé. Depois de tudo resolvido, pra não esperar mais tempo até minha carona chegar, resolvi ir até o shopping almoçar. Andei... Andei... Procurei... Analisei... Mas não adiantou, a cada movimento, meu olhar não conseguia se desviar daquela letrinha amarelo-mostarda. Não saía do meu campo de visão. Não resisti, fui correndo pedir logo - Uma oferta número 1 Big Mac, por favor! Hum... Que maravailha! Pão super macio, batatinhas douradas e sequinhas, refri suuuper gelado! E uma carne suculenta, com um tempero inconfundível! Não há como resistir!

Quatro meses de repouso forçado me fizeram ter uma visão diferenciada pra muita coisa, inclusive sobre os maus hábitos. Desde pequeno ouço sempre a mesma história - comida de fast food não presta, é tudo muito caro, a carne é feita de minhoca, a batata é aditivada, por isso não apodrece, o refrigerante tem muito gás, isso sem falar das calorias! Blá, blá, blá! Do Oiapoque ao Chuí o discurso não muda! Por que será que os americanos ou qualquer habitante do primeiro mundo não tem esse papo? Se você pensou que isso é coisa do imperialismo americano e da dominação de países ricos, desculpe, mas a coisa não é bem assim.

Até onde eu sei, nenhuma empresa multinacional de fast food oriunda de países desenvolvidos foi criada por parlamentares, monarcas ou presidentes, na verdade estas empresas foram usadas como ícones por seus respectivos governos. Imagine a cena, os fundadores do McDonald's, os irmãos Dick e Mac McDonald ao abrirem sua barraquinha de cachorro-quente na Califórnia tem o seguinte diálogo:

- Hey brother Dick! Vamous abruir uma barruaquinha de sandwich e dominar toudow o tchercheiro mundow!

- Oh Mac! Yes! Vamous moustrar para estches subdesenvolvidows quem é que manda no planet!

Nossa capacidade de discernimento é mais evoluída, vamos combinar! Mas por que será que a gente até hoje engole essa piada? Bom, os motivos são variados, mas a maior parte deles não nasceu dos livros de história e geografia, tão pouco em redutos políticos socialistas. O nosso preconceito tem duas origens: POBREZA e SOBERBA.

Se um pobre vira pra você e fala - não gosto de comer no McDonald's - é mentira! Não gosta, leia-se NÃO POSSO COMPRAR, afinal de contas, quem é que trocaria uma refeição completinha no fantástico mundo da letrinha M por um ovo frito num pão dormido?

- Ahhh Cicinho... Muita gente tem dinheiro e também não gosta de comer lá! - outra cascata! Quem pode comprar, também diz que não gosta, mas a verdade não é por não gostar do sabor da comida oferecida, quem tem grana fala isso por questões estéticas e em alguns casos por saber que não é saudável! - essa é uma corrente que tomou força no final dos anos noventa, ou seja, no final das contas, é soberba pura!

A comida não é nutritiva? Não vou viver pra sempre!
O lanche é caro? Me mato de trabalhar pra que?
A carne é feita de minhoca? Opa! Vou criar no meu jardim!
A batata tem conservantes fortes? Renew também conserva e ninguém reclama!
O refrigerante tem muito gás? E daí? É só entupir o copo de gelo!
Muita caloria por porção? É só pedir Coca Zero, e tchau consciência pesada!

 SOBREMESA: